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quarta-feira, 14 de abril de 2010

BB recebe sinal verde dos EUA para comprar bancos americanos

O Globo - 14/04/2010

Patrícia Duarte

Interesse é atuar na área de Nova York, onde há concentração de brasileiros



BRASÍLIA. Depois de uma espera de mais de um ano, o Banco do Brasil (BB) recebeu ontem o sinal verde do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para comprar instituições financeiras nos Estados Unidos e ampliar sua atuação no mercado local de capitais. Com a permissão, a estatal brasileira vai conseguir tirar do papel uma outra etapa do seu processo de internacionalização, que é entrar com mais força em países em que é grande a presença de brasileiros e empresas nacionais.

Desde a eclosão da crise internacional, no fim de 2008, muitos bancos americanos acabaram sendo colocados à venda e o BB enxerga boas oportunidades de crescimento via aquisições neste mercado. Ainda mais que esses ativos estão mais baratos. O foco principal do BB será atuar na região de Nova York, onde há maior concentração de brasileiros.

— Agora temos a oportunidade de comprar bancos, abrir agências e atuar com mais força no mercado de capitais — afirmou ao GLOBO o vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado do BB, Allan Simões Toledo.

Segundo ele, o BB passou a ter o status de “Financial Holding Company” nos Estados Unidos, o que praticamente garante os mesmos direitos de um banco americano dentro daquele mercado. Além de comprar instituições, explicou Toledo, o BB pretende atuar mais nos mercados de capitais, sempre de olho em empresas brasileiras que pretendam fazer captações, por exemplo, nos Estados Unidos.

Até então, acrescentou o executivo, o BB poderia atuar nestas esferas apenas como vendedor, e não como coordenador das operações.

Proposta de avançar também em países da América do Sul O BB também quer avançar no Cone Sul. Além das negociações com o argentino Patagônia, que deverão ser concluídas em breve, a instituição brasileira analisa a compra de outras duas instituições no país vizinho. E todos com o mesmo perfil, ou seja, de médio porte e voltados para pessoas físicas.

Toledo diz que, provavelmente, o BB tentará ficar com mais um na Argentina, além do Patagônia, se a operação se concretizar de fato.


— Para atender as empresas brasileiras que estão lá, eu preciso de rede. Temos de pensar em folha de pagamento (de funcionários) e serviços de cobrança e recebimento, por exemplo — explicou o vicepresidente.


O BB analisa ainda a compra de bancos no Chile, no Uruguai, no Peru e na Colômbia.







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