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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Conselho de Apple precisa estar à altura da nova era.

Por Poornima Gupta e Sinead Carew - Reuters

SAN FRANCISCO/NOVA YORK - A morte de Steve Jobs, o enérgico co-fundador e presidente do conselho da Apple, deixou o pequeno conselho da sigilosa empresa em uma encruzilhada.

Hora de manter as coisas como sempre foram ou de promover uma mudança? Os primeiros sinais quanto ao futuro serão transmitidos pela escolha de um novo presidente e por uma possível expansão no número de integrantes do conselho.


Entre os conselheiros da companhia há alguns nomes de peso, mas o papel deles era visto como o de literalmente aconselhar Jobs, e não fiscalizar sua atuação. Jobs era conhecido por sua capacidade de convencer as pessoas a aceitar seus pontos de vista.


"A mensagem até agora era 'confiem no Steve', mas a nova mensagem terá de ser 'confiem na equipe'. Não haverá mais um culto pessoal", disse Jim Post, professor de governança empresarial na Boston University. Ele defende que a Apple aponte um presidente do conselho independente.


"O conselho precisa ser expandido. Eles precisam buscar novos talentos independentes... pessoas que não tenham vivido à sombra de Steve", afirmou.


O cronograma da Apple para apontar um novo presidente do conselho --e mesmo sua busca ou não de alguém para o posto-- é uma incógnita. Um porta-voz da companhia se recusou a comentar. Antes que Jobs assumisse o posto, a empresa não tinha um presidente do conselho, mas apenas co-diretores chefes.


O conselho da Apple vem sendo criticado há muito pela falta de transparência, especialmente quanto à sucessão no comando da companhia durante o período em que Jobs combateu seus problemas de saúde, cujos detalhes nunca foram revelados.


Também há informações de que Jobs teria mantido o conselho no escuro em dados momentos.


O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, provavelmente candidato à presidência do conselho, já tem bastante a fazer no momento.


"Cook já tem deveres demais a assumir", e não pode presidir o conselho agora, disse Peter Misek, analista da Jefferies & Co.


O conselho da Apple, com apenas sete integrantes no momento, é um dos menores e mais opacos do setor. A maioria das companhias do setor tem conselhos com 10 integrantes.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Por que há tantos líderes ruins?

Rafael Palladino, do Banco Panamericano. Carly Fiorina, da HP. Bob Nardelli, do Home Depot. Gilberto Tomazoni, da Sadia. Bernie Ebbers, da WorldCom. Harry Stonecipher, da Boeing. Dominique Strauss-Kahn, do FMI. A lista de executivos-chefes que se mostraram inadequados, por motivos que vão de fraude e escândalos sexuais a erros de gestão ou omissão, é enorme. Tão grande que impõe a questão: é assim tão difícil escolher um bom líder para a empresa? Pelo ritmo intenso de trocas de comando – o estudo anual da consultoria Booz & Co. conclui que a rotatividade nas 2,5 mil maiores companhias abertas em 2010 foi de 11,2% –, parece que sim. Por quê? O primeiro motivo é a pressão a que estão submetidos os executivos-chefes. Num mundo mais competitivo, em que os resultados precisam vir mais rapidamente, é natural que a rotatividade aumente. Mas um estudo psicológico de como são feitas as escolhas de líderes apontou problemas recorrentes, capazes de causar grandes prejuízos. O estudo é dos pesquisadores Jeffrey Cohn e Jay Moran, da consultoria Spencer Stuart, autores de Why Are We Bad at Picking Good Leaders? (“Por que somos ruins para escolher bons líderes?”). A seguir, as cinco principais armadilhas em que conselho e acionistas caem: O GRANDE CARISMA DIANTE DO PÚBLICO ÀS VEZES CAMUFLA UMA FALHA NA HABILIDADE DE SE COMUNICAR FACE A FACE 1. Síndrome da patota_Cercar-se de iguais é intrínseco ao ser humano. “Muitos executivos do alto escalão favorecem, mesmo que inconscientemente, os profissionais com histórico, experiências e características similares às suas próprias”, dizem os autores. No Banco Panamericano, Rafael Palladino, um ex-personal trainer sem diploma em administração sob cuja gestão o banco quase fechou, era primo em primeiro grau de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos. 2. Síndrome dos holofotes_A loquacidade e o carisma, o talento de magnetizar uma plateia, costumam impressionar os selecionadores. O prestígio do CEO carismático é ainda residual da “Era Jack Welch” na GE. Casos como o de Steve Jobs, que dá verdadeiros shows nas apresentações da Apple, reforçam o mito. Porém, como advertem os autores, o grande carisma diante do público às vezes camufla uma insuficiência na comunicação íntima, face a face. “Falar em público é uma capacitação aprimorável com um coach. Já a comunicação direta com o interlocutor é algo bem mais difícil de desenvolver”, dizem. 3. Síndrome do deslocamento_Poucos CEOs foram tão demonizados na década passada quanto o autocrático Bob Nardelli, em sua desastrada passagem pela rede de varejo Home Depot. Ao tentar gerar eficiência operacional, Nardelli quase destruiu a cultura descentralizada, informal e amigável que era marca registrada da rede. O CEO chutado, obviamente, estava longe de ser um tolo. Na década de 90, fora um dos executivos mais admirados dos Estados Unidos, na General Electric. “Há casos em que as competências do executivo estão deslocadas, e não têm como ser bem utilizadas na empresa”, dizem Cohn e Moran. O caso de Nardelli era mais ou menos como exigir de um caminhão Scania a performance de uma Ferrari. 4. Síndrome do menino-prodígio_É fácil ficar impressionado com profissionais brilhantes, principalmente se forem jovens geniais. Mas esse encantamento às vezes impede de enxergar falhas grandes em outros aspectos, como a ética ou a capacidade de comunicação. O caso mais notório, na última década, foi o de Jeffrey Skilling, ex-CEO da Enron, hoje cumprindo pena de 24 anos numa cadeia americana por causa de uma bilionária fraude de “contabilidade criativa”. Precoce, Skilling era braço direito do então presidente Kenneth Lay, nos anos 90. Ajudou-o a catapultar a capitalização de mercado da Enron, de US$ 2 bilhões para US$ 70 bilhões. Tornou-se sucessor natural de Lay. Foi um desastre. 5. Síndrome do bom-moço_É o contrário da anterior, o encantamento com o executivo-modelo, querido por todos. A justificativa em geral vai para o lado de que a pessoa é uma ótima “formadora de equipes”, ou “cria sinergia”. A dura realidade, dizem os autores, é que “os melhores líderes raramente são bons membros de equipe”. O profissional “bom-moço” tem ascensão rápida na escada corporativa. Mas quase sempre dá um ótimo número 2, não número 1. Tendendo à gestão por consenso, ele costuma agregar profissionais de pensamento homogêneo. Ter em mente essas armadilhas não vai livrar as empresas de sofrerem deslizes. Mas diminui, dizem Cohn e Moran, a possibilidade de um desastre. Contabilidade criativa – É a manipulação das demonstrações financeiras de empresas, aproveitando brechas na legislação para turbinar resultados. A expressão tornou-se célebre em 2001 com os escândalos contábeis da Enron e da WorldCom











domingo, 1 de maio de 2011

Oi reverte lucro e registra prejuízo de R$ 395 milhões no 1º trimestre

Resultado obtido em igual período de 2010 foi de R$ 518 milhões.
Companhia atribuiu resultado à redução da receita líquida, entre outros.

Do G1, com informações de agências


A Oi registrou no primeiro trimestre de 2011 prejuízo líquido de R$ 395 milhões, revertendo o lucro obtido em igual período de 2010, de R$ 518 milhões. A companhia atribuiu o resultado à redução da receita líquida, a impactos não recorrentes e a um aumento das despesas financeiras líquidas.
A companhia, que passou a contar com a Portugal Telecom como sócia estratégica este ano, apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 1,985 bilhão no período, com margem de 28,6%. Um ano antes, o Ebitda tinha sido de R$ 2,537 bilhões e a margem de 34%.
A empresa, que atua nos segmentos de em telefonia fixa e móvel, banda larga e TV paga, registrou receita líquida de janeiro a março de R$ 6,933 bilhões, 7,1% abaixo do apurado um ano antes.

Ao fim de março, a base de clientes de telefonia móvel da operadora era de 41,472 milhões, o que representa um crescimento em relação aos 36,613 milhões de usuários cadastrados no primeiro trimestre de 2010, enquanto o número de assinantes de serviços de banda larga fixa evoluiu de 4,266 milhões para 4,513 milhões. O número de linhas fixas em serviço recuou, de 21,085 milhões para 19,747 milhões.
Apesar do aumento da base de clientes, a receita média por usuário (ARPU) de celulares diminuiu de R$ 21,8 para R$ 20,7 na passagem entre os trimestres, enquanto, o ARPU dos usuários de banda larga recuou de R$ 42,1 para R$ 40,6.
No primeiro trimestre do ano, a dívida líquida da Oi recuou 32,3%, para R$ 14,39 bilhões. A alavancagem, medida pela razão entre dívida líquida e Ebitda, caiu para 1,5 vez, contra 2,2 vezes de um ano antes.

*Com informações da Reuters e do Valor Online




sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Conversão de CompreBem e Sendas em lojas Extra termina em 2011

Com a conversão, será possível atender todos os públicos numa mesma loja.

Vice-presidente do Pão de Açúcar disse que o Assai é o modelo do momento.

Do Valor OnLine

Grupo Pão de Açúcar fecha 2010 com alta de 38% nas vendas A conversão de todos os CompreBem e Sendas em lojas Extra será concluída neste ano. Foi o que afirmou nesta sexta-feira (14) o vice-presidente do Pão de Açúcar, José Roberto Tambasco.
"Em 2011, devemos concluir o trabalho de transformação e eliminar essas marcas (CompreBem e Sendas)", garantiu o executivo. Segundo ele, ainda faltam cerca de 100 lojas para serem transformadas em Extra. A estratégia do grupo Pão de Açúcar com essa conversão é conseguir atender em uma mesma loja, tanto os públicos C e D, quanto os A e B.
Tambasco explicou que o CompreBem, por exemplo, tem um foco no público de menor renda. Mesmo esse público, no entanto, passou a demandar produtos mais práticos, como os congelados. "Fazemos uma reforma nas lojas e agora, estamos aumentando a capacidade de equipamentos frios", enfatizou.
O executivo afirma, mesmo assim, que todas as bandeiras do grupo apresentaram bom desempenho em 2010. Nesta sexta-feira, o Pão de Açúcar anunciou que encerrou o ano passado com vendas brutas de R$ 36,140 bilhões, o que representa uma alta de 37,8% no comparativo com o calendário antecedente.
Sem a operação de Casas Bahia, as vendas aumentaram 26,5%, atingindo R$ 33,165 bilhões. Como recordou a empresa em nota, a expectativa para o ano era de um faturamento superior a R$ 33 bilhões.
Pelo critério mesmas lojas, o guidance da rede era de um crescimento real de 2,5% no período. O resultado verificado ficou acima, com avanço real de 5,5%.
A expansão dos supermercados Extra e da marca de atacarejo Assai (operações atacadistas que atraem pessoas físicas) está no foco da companhia para 2011. "O Assai é o modelo do momento. Vamos continuar com esse foco e continuar a expansão dos Extras", concluiu Tambasco.