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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Meirelles diz que volatilidade nos mercados é 'normal'


Agencia Estado

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou hoje, ao comentar a queda forte do euro em meio à redução do entusiasmo dos investidores com o pacote europeu contra a crise, que "o anúncio foi feito há apenas cinco dias, é normal a volatilidade nos mercados".
Meirelles lembrou que situação similar foi vivenciada quando as medidas em reação à crise dos Estados Unidos foram anunciadas e que acabaram se mostrando eficazes. Ele reafirmou que o Brasil está preparado para crises, mas disse duvidar que as atuais turbulências em alguns países europeus possam gerar efeitos similares aos causados pela crise de 2008. "Precisamos sempre olhar com cautela, trabalhar esperando o pior e torcer pelo melhor, mas é difícil que ocorra de novo uma situação daquelas", disse.
O presidente do BC acrescentou, em entrevista concedida após o encerramento do XII Seminário Anual de Metas para a Inflação, na sede do banco, no Rio, que "o fato é que, por enquanto, é prematuro avaliar os desdobramentos da crise europeia". Segundo ele, "o Brasil está muito bem preparado para o enfrentamento de crises externas".
Meirelles, afirmou também nesta sexta-feira que há "consenso entre os formadores de opinião de que a economia necessita de um ajuste".

Segundo ele, o aumento do juro básico promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em abril, de 0,75 ponto percentual, para 9,50 por cento ao ano, foi um "dos mais pacíficos dos últimos sete anos".
"Porque não há dúvida de que é consenso hoje entre os formadores de opinião de que a economia necessita de um ajuste. O próprio pacote fiscal de corte de gastos está aí, nessa mesma direção", afirmou após seminário no Rio de Janeiro.
Ainda em referência ao bloqueio orçamentário de 10 bilhões de reais anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quinta-feira, Meirelles afirmou que a iniciativa é um "desenvolvimento positivo" para a contenção da inflação.
É importante que nós cresçamos, cresçamos o máximo possível, mas de uma forma equilibrada, responsável, de modo que não gere desequilíbrios futuros como muitas vezes já aconteceu no passado, quando se tinha surto de crescimentos e depois o país tinha problema. Era o chamado vôo de galinha."

CRISE NA EUROPA

Meirelles avaliou ainda que o Brasil está bem preparado para enfrentar crises externas, apesar de destacar que a situação na Europa é preocupante e exige atenção.
Segundo ele, o maior risco que poderia advir da crise na Europa seria um aumento da dificuldade de financiamento de países da região, com redução de disponibilidade de capital e aversão ao risco internacional.
Ele ponderou, contudo, ser pouco provável que o mundo enfrente novamente um evento como a quebra do Lehman Brothers em 2008, uma vez que as instituições foram reestruturadas para evitar um acontecimento do tipo.
"É prematuro, vamos aguardar, o fato é que o Brasil está bem preparado", afirmou

Acho interessante a idéia de conter o superaquecimento da economia, que poderia gerar uma euforia por parte dos investidores, que certamente traria dificulades no futuro diante da retração do mercado. Só me questiono se era esse o momento certo de anunciar um corte de R$ 10 Bilhões no orçamento, justamente quando nos encontrávamos apreensivos aguardando os desdobramentos da crise européia, e o pacote de medidas para sanar esta crise.
É realmente uma ironia, fazer um anúncio como esse em uma semana de incertezas para a economia mundial, porém como disse Meirelles, o Brasil está bem preparado para enfrentar crises externas.
Por outro lado há de considerar o fato de que o aumento dos juros não será tão agressivo quanto se pensava, trata-se apenas de um ajuste.
É esperar e acreditar que exista de fato uma plano para um crescimento sustentável da economia.




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